São Paulo, 09 de agosto de 2010.
Caros Parceiros,
Cada geração e cultura enfrentam um conjunto de dificuldades e desafios particulares, uma vez que as sociedades são multiformes e suas relações, dinâmicas. O desafio de construirmos uma sociedade melhor continua movendo pessoas e instituições sociais entre todas as nações do globo. Embora as iniciativas para o cumprimento das metas do milênio sejam de responsabilidade dos governos de diversos países, nenhuma atividade conjunta se faz sem que o todo seja dividido e distribuído em partes menores, facilmente mensuráveis e articuláveis. As peças do quebra-cabeça social nem sempre se encaixam devidamente, já que cada um detém uma parcela dessa construção. Assim, a participação de diversos agentes de mudança é essencial. Nesse contexto é que surge a Cidade Restaurada.
A Cidade Restaurada assume a responsabilidade de cooperar quanto ao seu papel de agente de mudança social. A organização nasceu para intermediar processos sociais em níveis que abrangem as estruturas econômicas e sociais, educacionais e culturais. Quando dizemos cidade, no entanto, nos referimos à nossa comunidade local, um ambiente que, em uma cidade com mais de dez milhões de habitantes como São Paulo, já pode ser considerada um bairro-cidade. A Cidade Restaurada não pretende ser agente de mudanças por si só, mas sim balancear ações por meio de parcerias. Um tem, o outro precisa; a instituição apenas articula a união das duas partes.
Nós da Cidade Restaurada trabalhamos com intermediações sociais em níveis crescentes de complexidade. Restauração implica reconstrução, cuidado, reformulação, além de criatividade e paciência. Da mesma forma como os processos evolutivos demoram a acontecer na natureza, o mesmo não é diferente nas relações humanas. Se tomarmos, no entanto, um passo de cada vez e estabelecermos etapa por etapa, com metas ousadas e visão definida, podemos chegar lá.
A nossa instituição social representa apenas uma parte nesse todo emaranhado e espalhado q que denominamos relações sociais. Encaixamos, porém, a nossa peça no quebra-cabeça e convidamos o primeiro e o terceiro setor, bem como os nossos demais colaboradores empreendedores sociais, para que façam o mesmo.
Ao final, quando as partes isoladas se transformarem na imagem definida, é exatamente isso que queremos enxergar: a nossa cidade restaurada.
Elissamai A. Bauleo